sábado, 28 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
The Berlin Celebration Concert - Beethoven, Symphony No 9 Bernstein 1989
«Conducted by Leonard Bernstein, THE BERLIN CELEBRATION CONCERT is an historic performance marking the fall of the Berlin Wall. Performed on Christmas Day 1989 in the former East Berlin, the concert unites an international cast of celebrated musicians and vocalists for a moving performance of Beethoven's Ninth Symphony. Symphonieorchester des Bayerisches Rundfunks and members of Staatskapelle Dresden, Orchestra of the Leningrad Kirov Theatre, London Symphony Orchestra, New York Philharmonic and Orchestre de Paris.»
«O histórico concerto de Leonard Bernstein em comemoração à queda do Muro de Berlim, no Natal de 1989, é quase tão lendário quanto o momento revolucionário que comemora. Gravado no Schauspielhaus, um dos mais proeminentes e importantes teatros alemães, localizado no Gendarmenmarkt, no centro de Berlim.»
https://youtu.be/IInG5nY_wrU
The Raven That Refused To Sing
Steven Wilson - The Raven That Refused To Sing
Sing for me,
Sing for me.
You can come with me;
You can live with me.
Heal my soul,
Make me whole.
Sister, i lost you,
When you were still a child,
But i need you now,
And i need our former life.
I’m afraid to wait,
I’m afraid to love.
And just because i’m weak,
You can steal my dreams:
You can reach inside my head,
You can put your song there instead.
Please, come to me.
Please, stay with me.
Please,
Sing,
Cry,
Cry.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
https://youtu.be/n8sLcvWG1M4
Sing for me.
You can come with me;
You can live with me.
Heal my soul,
Make me whole.
Sister, i lost you,
When you were still a child,
But i need you now,
And i need our former life.
I’m afraid to wait,
I’m afraid to love.
And just because i’m weak,
You can steal my dreams:
You can reach inside my head,
You can put your song there instead.
Please, come to me.
Please, stay with me.
Please,
Sing,
Cry,
Cry.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
Sing to me, raven,
I miss her so much.
Sing to me, lily,
I miss you so much.
quarta-feira, 25 de março de 2015
terça-feira, 24 de março de 2015
Herberto Helder - Mulheres correndo, correndo pela noite
Mulheres correndo, correndo pela noite.
O som de mulheres correndo, lembradas, correndo...
como éguas abertas, como sonoras
corredoras magnólias.
Mulheres pela noite dentro levando nas patas
grandiosos lenços brancos.
Correndo com lenços muito vivos nas patas
pela noite dentro.
Lenços vivos com suas patas abertas
como magnólias
correndo, lembradas, patas pela noite
viva. Levando, lembrando, correndo.
É o som delas batendo como estrelas
nas portas. O céu por cima, as crinas negras
batendo: é o som delas. Lembradas,
correndo. Estrelas. Eu ouço: passam, lembrando.
As grandiosas patas brancas abertas no som,
à porta, com o céu lembrando.
Crinas correndo pela noite, lenços vivos
batendo como magnólias levadas pela noite,
abertas, correndo, lembrando.
De repente, as letras. O rosto sufocado como
se fosse abril num canto da noite.
O rosto no meio das letras, sufocado a um canto,
de repente.
Mulheres correndo, de porta em porta, com lenços
sufocados, lembrando letras, levando
lenços, letras - nas patas
negras, grandiosamente abertas.
Como se fosse abril, sufocadas no meio.
Era o som delas, como se fosse abril a um canto
da noite, lembrando.
Ouço: são elas que partem. E levam
o sangue cheio de letras, as patas floridas
sobre a cabeça, correndo, pensando.
Atiram-se para a noite com o sonho terrível
de um lenço vivo.
E vão batendo com as estrelas nas portas. E sobre
a cabeça branca, as patas lembrando
pela noite dentro.
O rosto sufocado, o som abrindo, muito
lembrado. E a cabeça correndo, e eu ouço:
são elas que partem, pensando.
Então acordo de dentro e, lembrando, fico
de lado. E ouço correr, levando
grandiosos lenços contra a noite com estrelas
batendo nas patas
como magnólias pensando, abertas, correndo.
Ouço de lado: é o som. São elas, lembrando
de lado, com as patas
no meio das letras, o rosto sufocado
correndo pelas portas grandiosas, as crinas
brancas batendo. E eu ouço: é o som delas
com as patas negras, com as magnólias negras
contra a noite.
Correndo, lembrando, batendo.
Herberto Helder
nas portas. O céu por cima, as crinas negras
batendo: é o som delas. Lembradas,
correndo. Estrelas. Eu ouço: passam, lembrando.
As grandiosas patas brancas abertas no som,
à porta, com o céu lembrando.
Crinas correndo pela noite, lenços vivos
batendo como magnólias levadas pela noite,
abertas, correndo, lembrando.
De repente, as letras. O rosto sufocado como
se fosse abril num canto da noite.
O rosto no meio das letras, sufocado a um canto,
de repente.
Mulheres correndo, de porta em porta, com lenços
sufocados, lembrando letras, levando
lenços, letras - nas patas
negras, grandiosamente abertas.
Como se fosse abril, sufocadas no meio.
Era o som delas, como se fosse abril a um canto
da noite, lembrando.
Ouço: são elas que partem. E levam
o sangue cheio de letras, as patas floridas
sobre a cabeça, correndo, pensando.
Atiram-se para a noite com o sonho terrível
de um lenço vivo.
E vão batendo com as estrelas nas portas. E sobre
a cabeça branca, as patas lembrando
pela noite dentro.
O rosto sufocado, o som abrindo, muito
lembrado. E a cabeça correndo, e eu ouço:
são elas que partem, pensando.
Então acordo de dentro e, lembrando, fico
de lado. E ouço correr, levando
grandiosos lenços contra a noite com estrelas
batendo nas patas
como magnólias pensando, abertas, correndo.
Ouço de lado: é o som. São elas, lembrando
de lado, com as patas
no meio das letras, o rosto sufocado
correndo pelas portas grandiosas, as crinas
brancas batendo. E eu ouço: é o som delas
com as patas negras, com as magnólias negras
contra a noite.
Correndo, lembrando, batendo.
Herberto Helder
Susumu Yokota & Rothko - Distant Sounds Of Summer
Susumu Yokota & Rothko - Distant Sounds Of Summer
1.Deep In Mist 0:00
2.Waters Edge 4:26
3.Path Fades Into Forest 8:49
4.Lit By Moonlight 14:38
5.Brook And Burn 20:13
6.Sentiero 25:20
7.Clear Space 30:27
8.Reflections And Shadows 35:43
9.Distant Sounds Of Summer 40:35
10.Floating Moon 45:46
https://youtu.be/K4qb6cPBlhE
segunda-feira, 23 de março de 2015
Half Moon Run - Dark Eyes
Half Moon Run - Dark Eyes
Canadá, 2012
1. Full Circle 0:00
2. Call Me in the Afternoon 3:01
3. No More Losing the War 6:05
4. She Wants to Know 10:02
5. Need It 14:13
6. Give Up 17:40
7. Judgement 21:30
8. Drug You 24:35
9. Nerve 28:22
10. Fire Escape 31:40
11. 21 Gun Salute 34:36
https://youtu.be/dIYOxxz9YFg
Half Moon Run - Full Circle
All photos © Tim Georgeson.
Half Moon Run - Full Circle
Cap off kneeling at the back of the church,
Feeling water on your brow, if it’s healing it hurts
At first a sharpish pain that returns as a thought
That the needle in your skin will bring you closer to god
And I watch as your head turns full circle
Our hope was with a coffee and a medical text
It’s too easy knowin’ nothing blowing off the rest
And the riddles in the pages leave at too much to guess
And the worry cracks a fracture from your hip to your chest
As I watch as your head turns full circle
We got lost in the travels in the spiritual book
Missed the beaches from nirvana and the way that they look
And the crooks they’re on the island they’re killin’ to keep runnin'
They’re running severance on the plastic and it seems to be working
Is that the best that I can do?
As I watch as your head turns full circle
You appear even tempered though your looks will deceive
And the sparks are always flying cause you drink for relief
With the heart of a child and the wit of a fool
It’s a wonder why I don’t try to build a wall around you
When I watch as your head turns full circle
And I watch as your head turns full circle
Yeah I watch as your head turns full circle
https://youtu.be/azV0Y7v6wsg
de tanto inclinares o corpo para o medo tropeçaste
nesse quarto vermelho que trazes no peito. suspeito
de crimes desmesurados nele cometidos escritos
a meia-luz com metade dos teus dias. deixa apenas
um pouco menos de silêncio à porta e espera por mim.
abrirei as mãos para te revelar o fim da história.
pedro jordão
nesse quarto vermelho que trazes no peito. suspeito
de crimes desmesurados nele cometidos escritos
a meia-luz com metade dos teus dias. deixa apenas
um pouco menos de silêncio à porta e espera por mim.
abrirei as mãos para te revelar o fim da história.
pedro jordão
terça-feira, 17 de março de 2015
Canções de um Viandante (Lieder Eines Fahrenden Gesellen), de Gustav Mahler
Canções de um Viandante (Lieder Eines Fahrenden Gesellen),
de Gustav Mahler
https://youtu.be/dvZSzQ89M5k
segunda-feira, 16 de março de 2015
Arturo Benedetti Michelangeli - Ravel - Gaspard de la nuit
Arturo Benedetti Michelangeli - Ravel - Gaspard de la nuit
Maurice Ravel
Gaspard de la nuit
00:00 Ondine. Lent
06:03 Le Gibet. Très lent
12:04 Scarbo. Modéré
Arturo Benedetti Michelangeli, piano
https://youtu.be/ZxS4o_4GMag
sexta-feira, 6 de março de 2015
quarta-feira, 4 de março de 2015
George Enescu - Sonata for Violoncello and Piano, No. 1
Georges Enesco / GEORGE ENESCU (1881-1955), România
- Sonata for Violoncello and Piano No. 1 in F minor, Op. 26 (1898)
- Sonate pour violoncelle et piano no. 1 en fa mineur, op. 26 (1898)
I. Allegro molto moderato
II. Allegretto scherzando
III. Molto andante
IV. Presto
Alexandru Moroșanu, violoncelle
Tatiana Moroșanu, piano
http://youtu.be/Vf6wLlm2V1I
segunda-feira, 2 de março de 2015
domingo, 1 de março de 2015
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
“Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito. Relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria até menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria para lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...”
Jorge Luis Borges (escritor argentino)
Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...”
Jorge Luis Borges (escritor argentino)
O Teu Riso
O Teu Riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a flor de espiga que desfias,
a água que de súbito
jorra na tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
por vezes com os olhos
cansados de terem visto
a terra que não muda,
mas quando o teu riso entra
sobe ao céu à minha procura
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, na hora
mais obscura desfia
o teu riso, e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
Perto do mar no outono,
o teu riso deve erguer
a sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero o teu riso como
a flor que eu esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
curvas da ilha,
ri-te deste rapaz
desajeitado que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.
Pablo Neruda, em "Poemas de Amor de Pablo Neruda"
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a flor de espiga que desfias,
a água que de súbito
jorra na tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
por vezes com os olhos
cansados de terem visto
a terra que não muda,
mas quando o teu riso entra
sobe ao céu à minha procura
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, na hora
mais obscura desfia
o teu riso, e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
Perto do mar no outono,
o teu riso deve erguer
a sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero o teu riso como
a flor que eu esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
curvas da ilha,
ri-te deste rapaz
desajeitado que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.
Pablo Neruda, em "Poemas de Amor de Pablo Neruda"
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