domingo, 31 de maio de 2015

TERJE RYPDAL - PER ULV


Terje Rypdal
Waves

Terje Rypdal electric guitar, keyboard, synthesizer
Palle Mikkelborg trumpet, fluegelhorn, RMI, tac piano, ring modulator
Sveinung Hovensjø basses
Jon Christensen drums, percussion

https://youtu.be/wftjgLr4Yds

Terje Rypdal, Miroslav Vitous, Jack DeJohnette - Sunrise



https://youtu.be/HiZ6YuIrj54

Terje Rypdal - Lux Aeterna


Terje  Rypdal Lux Aeterna
Mouvement 2 &1 extraits
Terje Rypdal: guitar, composition, avec orchestre de chambre
https://youtu.be/FVsKqzHdApo

"UM ADEUS PORTUGUÊS"

ALEXANDRE O’NEILL
"UM ADEUS PORTUGUÊS"


Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor...

a luz de ombros puros e a sombra
de uma angústia já purificada

Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor

Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver

Não podias ficar nesta cama comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual

Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal

Não tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser

Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.


Alexandre O’Neill, "No Reino da Dinamarca", 1958

Bach/Busoni Chaconne [Helene Grimaud]

vê a criança sentada
a um canto da sala, sózinha,
tem todas as defesas em baixo.

curva-se para lhe atar os cordões das sapatilhas
e abraça-a com força.
saem para comer gelado de chocolate, baunilha e limão,

os sabores que também a mulher preferia,
e deixara aos dois,
em herança.
Jorge Gomes de Miranda,
in 'acidente', assírio & alvim, 2007


Francesco De Gregori / Zucchero - Diamante


Diamante..

Respirerò,
l'odore dei granai
e pace per chi ci sarà
e per i fornai

Pioggia sarò
e pioggia tu sarai
i miei occhi si chiariranno
e fioriranno i nevai

Impareremo a camminare
per mano insieme a camminare
domenica
eh francè

Aspetterò che aprano i vinai
più grande ti sembrerò
e tu più grande sarai

Nuove distanze
ci riavvicineranno
e dall'alto di un cielo, Diamante,
i nostri occhi vedranno.

That's right!

Passare insieme soldati e spose

dancing in the dark!

ballare piano in controluce
moltiplicare la nostra voce

singing in the dark!

passare in pace soldati e spose.
Domenica, Domenica

Fai piano i bimbi grandi non piangono
fai piano i bimbi grandi non piangono
fai piano i bimbi grandi non piangono

Passare insieme soldati e spose

dancing in the dark!

ballare piano in controluce
moltiplicare la nostra voce

singing in the dark!

passare in pace soldati e spose.
Domenica...

eh francè...vai francè
https://youtu.be/gfhsNrjR98Y

Lucio Dalla - Canzone


Lucio Dalla-  Canzone
Non so aspettarti più di tanto
Ogni minuto mi dà
L'stinto di cucire il tempo
Non so aspettarti più di tanto
Ogni minuto mi dà
L'stinto di cucire il tempo
E di portarti di qua
Ho un materasso di parole
Scritte apposta per te
E ti direi spegni la luce
Che il cielo c'è
Star lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide

Testa dura testa di rapa
Vorrei amarti anche qua
Nel cesso di una discoteca
O sopra il tavolo di un bar
O stare nudi in mezzo a un campo
A sentirsi addosso il vento
Io non chiedo più di tanto
Anche se muoio son contento

Star lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide

Canzone cercala se puoi
dille che non mi perda mai
va' per le strade e tra la gente
diglielo veramente

Io i miei occhi dai tuoi occhi
Non li staccherei mai
E adesso anzi me li mangio
Tanto tu non lo sai
Occhi di mare senza scogli
Il mare sbatte su di me
Che ho sempre fatto solo sbagli
Ma uno sbaglio che cos'è

Stare lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide

Canzone cercala se puoi
dille che non mi lasci mai
va' per le strade e tra la gente
diglielo dolcemente

E come lacrime la pioggia
Mi ricorda la sua faccia
Io la vedo in ogni goccia
Che mi cade sulla giacca

Stare lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide

Canzone trovala se puoi
dille che l'amo e se lo vuoi
va' per le strade e tra la gente
diglielo veramente
non può restare indifferente
e se rimane indifferente
non è lei

Star lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide
Star lontano da lei non si vive
Stare senza di lei mi uccide
 
https://youtu.be/VkTNnCCKnE4

Samuele Bersani - Lo Scrutatore Non Votante


Samuele Bersani - Lo Scrutatore Non Votante

Lo scrutatore non votante
E'indifferente alla politica
 Ci tiene assai a dire - Oh issaaaa !!!!!! -
 Ma poi non scende dalla macchina
 Lo scrutatore non votante
 È solo un titolo o un immagine
E come un ateo praticante
 Seduto in chiesa la domenica
 Si mette apposta un pò in disparte
 Per dissentire dalla predica
 Con un sapone che non scivola
Si fa la doccia dieci volte
E ha le formiche sulla tavola
Prepara un viaggio ma non parte
Pulisce casa ma non ospita
Ha collegato la stampante
Ma non spedisce mai una lettera
Si è comperato un mangia-carte
Per sbarazzarsi della verità
Conosce i nomi delle piante
Che taglia con la sega elettrica
Poteva essere farfalla
Ed è rimasto una crisalide
Lo Fa svenire un po' di sangue
Ma poi è per la sedia elettrica...

https://youtu.be/itN_yyg59rE

Trabalho de conservação de aves e biodiversidade



sábado, 30 de maio de 2015

"Sophia de Mello Breyner Andresen -- O Nome das Coisas"



https://youtu.be/s0MhPfK1OjY

Grandes Livros - Episódio 12 - Navegações (Sophia de Mello Breyner Andresen)

Navegámos para Oriente ―
A longa costa
Era de um verde espesso e sonolento
Um verde imóvel sob o nenhum vento...
Até à branca praia cor de rosas
Tocada pelas águas transparentes

Então surgiram as ilhas luminosas
De um azul tão puro e tão violento
Que excedia o fulgor do firmamento
Navegado por garças milagrosas
E extinguiram-se em nós memória e tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen. 'As Ilhas' (1977)

Grandes Livros - Episódio 12 - "Navegações" (Sophia de Mello Breyner Andresen)
 


https://youtu.be/xVIO7qytTOA

sexta-feira, 29 de maio de 2015

The Memorial Concert for Claudio Abbado


Robert Schumann - Symphony No. 3, the Rhenish.
Mahler Chamber Orchestra at Dresden Music Festival 9 June 2014
Cond.: Daniele Gatti
https://youtu.be/UNqY38FFQ04

ANGELO BADALAMENTI "The Straight Story"



https://youtu.be/vXv92UggbPI

The Straight Story (1999) - Reprise



https://youtu.be/d1pKEI-Sv-8

Madame Tutli Putli


Directed by Chris Lavis, Maciek Szczerbowski
Description
Madame Tutli-Putli boards the Night Train, weighed down with all her earthly possessions and the ghosts of her past. She travels alone, facing both the kindness and menace of strangers. As day descends into dark, she finds herself caught up in a desperate metaphysical adventure. Adrift between real and imagined worlds, Madame Tutli-Putli confronts her demons and is drawn into an undertow of mystery and suspense. The National Film Board of Canada presents a stunning, stop-motion animated film that takes the viewer on an exhilarating existential journey. The film introduces groundbreaking visual techniques and is supported by a haunting and original score. Painstaking care and craftsmanship in form and detail bring to life a fully imagined, tactile world unlike any you have seen. Jungian thriller? Hitchcockian suspense? Artistic tour de force? The Night Train awaits you

2008 Academy Awards (Oscar) - Best Short Film, Animated - Nominee
Directed by
Chris Lavis


Maciek Szczerbowski

Writing credits (in alphabetical order)
Chris Lavis


Maciek Szczerbowski

Maciek Tomaszewski

Cast
Laurie Maher ... Madame Tutli Putli


Produced by
Marcy Page .... producer

Original Music by
David Bryant



Jean-Frederic Messier
https://youtu.be/oaGFFtY4GdI

«não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano»

"O desejo de se ser diferente daquilo que se é, é a maior tragédia com que o destino pode castigar o homem. O desejo de ser outro, diferente daquilo que somos: não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano. Porque não é possível suportar a vida de outra maneira, apenas sabendo que nos conformamos com aquilo que significamos para nós próprios e para o mundo. Temos de nos conformar com aquilo que somos e de ter consciência, quando nos conformamos, de que em troca dessa sabedoria, não recebemos elogios da vida, não nos põem no peito nenhuma condecoração por sabermos e aceitarmos que somos vaidosos ou egoístas, carecas e barrigudos - não, temos de saber que por nada disso recebemos recompensas, nem louvores. Temos de suportar, o segredo é isso. Temos de suportar o nosso carácter, o nosso temperamento, já que os seus defeitos, egoísmos e avidez, não os mudam nem a experiência, nem a compreensão. Temos de suportar que os nossos desejos não tenham plena repercussão no mundo. Temos de suportar que as pessoas que amamos, não nos amem, ou que não nos amem como gostaríamos. Temos de suportar a traição e a infidelidade, e o que é mais difícil entre todas as tarefas humanas, temos de suportar a superioridade moral ou intelectual de uma outra pessoa."

Sándor Márai, in "As Velas Ardem Até ao Fim"

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Oöphoi - Space Forest


Oöphoi - Space Forest
1.Space Forest Part 1: Distant Monastery 0:00
2.Space Forest Part 2 19:12
album: Static Soundscapes: Three Lights At The End Of The World
art by Pamela Sukhum

https://youtu.be/xnrdZVCRRUY

terça-feira, 5 de maio de 2015

Sugestão


Sede assim — qualquer coisa
serena, isenta, fiel.


Flor que se cumpre,
sem pergunta.


Onda que se esforça,
por exercício desinteressado.


Lua que envolve igualmente
os noivos abraçados
e os soldados já frios.


Também como este ar da noite:
sussurrante de silêncios,
cheio de nascimentos e pétalas.


Igual à pedra detida,
sustentando seu demorado destino.
E à nuvem, leve e bela,
vivendo de nunca chegar a ser.


À cigarra, queimando-se em música,
ao camelo que mastiga sua longa solidão,
ao pássaro que procura o fim do mundo,
ao boi que vai com inocência para a morte.


Sede assim qualquer coisa
serena, isenta, fiel.


Não como o resto dos homens.

Cecília Meireles, em 'Mar Absoluto'



segunda-feira, 4 de maio de 2015

MARIA: Amo como o amor ama.

Fernando Pessoa

MARIA: Amo como o amor ama.

MARIA:
Amo como o amor ama.
Não sei razão pra amar-te mais que amar-te.
Que queres que te diga mais que te amo,
Se o que quero dizer-te é que te amo?
Não procures no meu coração...
Quando te falo, dói-me que respondas
Ao que te digo e não ao meu amor.
Quando há amor a gente não conversa:
Ama-se, e fala-se para se sentir.
Posso ouvir-te dizer-me que tu me amas,
Sem que mo digas, se eu sentir que me amas.
Mas tu dizes palavras com sentido,
E esqueces-te de mim; mesmo que fales
Só de mim, não te lembras que eu te amo.
Ah, não perguntes nada, antes me fala
De tal maneira, que, se eu fora surda,
Te ouvisse toda com o coração.
Se te vejo não sei quem sou; eu amo.
Se me faltas, (...)
Mas tu fazes, amor, por me faltares
Mesmo estando comigo, pois perguntas
Quando deves amar-me. Se não amas,
Mostra-te indiferente, ou não me queiras,
Mas tu és como nunca ninguém foi,
Pois procuras o amor pra não amar,
E, se me buscas, é como se eu só fosse
O Alguém pra te falar de quem tu amas.
Diz-me porque é que o amor te faz ser triste?
Canso-te? Posso eu cansar-te se amas?
Ninguém no mundo amou como tu amas.
Sinto que me amas, mas que a nada amas,
E não sei compreender isto que sinto.
Dize-me qualquer palavra mais sentida
Que essas palavras que, como se as perderas,
buscas
E encontras cinzas.
Quando te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há coisa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que não o fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro,
E com essas alegrias e esse prazer
Eu viria depois a amar-te. Quando,
Criança, eu, se brincava a ter marido,
Me faltava crescer e o não sentia,
O que me satisfazia eras já tu,
E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma estrada
Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é toda humana.
Tens um segredo? Dize-mo, que eu sei tudo
De ti, quando m'o digas com a alma.
Em palavras estranhas que m'o fales,
Eu compreenderei só porque te amo.
Se o teu segredo é triste, eu saberei
Chorar contigo até que o esqueças todo.
Se o não podes dizer, dize que me amas,
E eu sentirei sem qu'rer o teu segredo.
Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já hoje, mas de longe,
Como as coisas se podem ver de longe,
E ser-se feliz só por se pensar
Em chegar onde ainda se não chega.
Amor, diz qualquer coisa que eu te sinta!
FAUSTO:
Compreendo-te tanto que não sinto.
Oh coração exterior ao meu!
Fatalidade filha do destino
E das leis que há no fundo deste mundo!
Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto
De o sentir...?
MARIA:
Para que queres compreender
Se dizes qu'rer sentir?
 
s.d.
Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.
- 99.
1ª versão inc.: “Primeiro Fausto” in Poemas Dramáticos. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de Eduardo Freitas da Costa.) Lisboa: Ática, 1952 (imp.1966, p.126).

domingo, 3 de maio de 2015

Mozart Camargo Guarnieri: Sonata para piano (1972)


Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993): Sonata para piano (1972).
I. Tenso
II. Amargurado [03:43]
III.Triunfante - Enérgico (Fuga a três partes) - Triunfante [09:49]

Rosângela Yazbec Sebba, pianoforte.
Camargo Guarnieri

http://pt.wikipedia.org/wiki/Camargo_Guarnieri

Sabine Meyer, Mozart Clarinet Concerto in A major Kv 622



https://youtu.be/LVgdHjL4a-4

Sonata in D Major for Two Pianos, K. 448 - Wolfgang Amadeus Mozart


Sonata in D Major for Two Pianos, K. 448 - Wolfgang Amadeus Mozart

The Sonata for Two Pianos in D major, K. 448 is a work composed by Wolfgang Amadeus Mozart in 1781, when he was 25. It is written in strict sonata-allegro form, with three movements. The sonata was composed for a performance he would give with fellow pianist Josephine von Aurnhammer. Mozart composed this in the galant style, with interlocking melodies and simultaneous cadences. This is one of his few compositions written for two pianos. This sonata was also used in the scientific study that tested the theory of the Mozart effect, suggesting that classical music increases brain activity more positively than other kinds of music.

Description

The sonata is written in three movements:

1. Allegro con spirito
2. Andante
3. Molto Allegro.

The first movement begins in D major, and sets the tonal center with a strong introduction. The two pianos divide the main melody for the exposition, and when the theme is presented both play it simultaneously. Mozart spends little time in the development introducing a new theme unlike most sonata forms, and begins the recapitulation, repeating the first theme.

The entire second movement is played Andante, in a very relaxed pace. The melody is played with both pianos, but there is no strong climax in this movement. It is written in a strict ABA form.

Molto Allegro begins with a galloping theme. The cadences used in this movement are similar to those in Mozart's Rondo alla Turca.

Mozart effect

According to the British Epilepsy Organization, research has suggested that Mozart's K 448 can have the "Mozart effect", in that listening to the piano sonata improved spatial reasoning skills and reduce the number of seizures in people with epilepsy. Apart from another Mozart Concerto, K 488, only one other piece of music has been found to have a similar effect, a song by the Greek composer Yanni, entitled "Acroyali/Standing In Motion", which is featured on his album Yanni Live at the Acropolis. It was determined to have the "Mozart effect", by the Journal of the Royal Society of Medicine because it was similar to Mozart's K 448 in tempo, structure, melodic and harmonic consonance and predictability.
----------------------------------------­-------------
The text above is offered by courtesy of Wikipedia, under a Creative Commons Attribution-ShareAlike License.

Classical music piece performed by: Paavali Jumppanen, piano; Elaine Hou, piano
Licensed by: Isabella Stewart Gardner Museum, Boston

https://youtu.be/EPz4vFZ4YrQ

sábado, 2 de maio de 2015

Aprendiz de viajante

Aprendiz de viajante
 
Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida. Caminha, assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade.
A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro.
Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra.
O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite e a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o mundo.
Separou com uma linha de água o que nele havia de sedentário daquilo que era nómada; sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, seca-lhe o sangue, mata-lhe a alma - estagna o pensamento.
Por tudo isto, o viajante escolheu o lado nómada da linha de água. Vive ali, e canta - sabendo que a vida não terá sido um abismo, se conseguir que o seu canto, ou estilhaços dele, o una de novo ao Universo.
 
Al Berto (1948-1997)

Que seja o caminho a vir ao teu encontro.

Que seja o caminho a vir ao teu encontro.
Que o vento sopre sempre a teu favor.
Que o brilho do sol aqueça o teu rosto
a chuva caia suave nos teus campos
e, até que nos voltemos a encontrar,
que Deus te guarde na palma da Sua mão.
 
Bênção irlandesa

Henryk Górecki - Symphony No. 3 of "Sorrowful Songs" | Dawn Upshaw. London Sinfonietta, David Zinman


Henryk Mikołaj Górecki (1933-2010). Symphony Nº 3, Op. 36, "The Symphony of Sorrowful Songs", 1976.
Symphony Nº.3, "The Symphony of Sorrowful Songs":
00:00 I. Lento - Sostenuto tranquillo ma cantabile
26:44 II. Lento e Largo - Tranquillissimo - Cantabillissimo - Dolcissimo legatissimo
36:30 III. Lento - Cantabile semplice

https://youtu.be/bPhrG82nV2c

Wolfgang Amadeus Mozart - Requiem in D minor K.626


Wolfgang Amadeus Mozart - Requiem in D minor K.626
Herbert von Karajan , Berlin Philharmonic Orchestra.
Agnes Baltsa, alt/contralto.
Anna Tomowa-Sintow, soprano.
Werner Krenn, tenor.
José van Dam, bass.
Wiener Singverein.
Rudolf Scholz, organ.
1. I. INTROITUS Requiem

2. II. KYRIE

III. SEQUENZ
 3. No. 1 Dies Irae
 4. No. 2 Tuba Mirum
 5. No. 3 Rex Tremendae
 6. No. 4 Recordare
 7. No. 5 Confutatis
 8. No. 6 Lacrimosa

IV. OFFERTORIUM
 9. No. 1 Domine Jesu
 10. No. 2 Hostias

11. V. SANCTUS

12. VI. BENEDICTUS

13. VII. AGNUS DEI

14. VIII. COMMUNIO Lux Aeterna

https://youtu.be/XZRIgUiOJ4o